terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O CAÇADOR DE AMOR - Fugitivo da Ditadura


SINOPSE:

Ele era jovem, bom moço, filho exemplar de uma família de classe média da sua época. Conheceu o primeiro amor ainda na puberdade, contudo sofreu pela primeira vez a dor do amor que parecia não ter fim. Ele não queria viver para ver seu amor morrer, mas o sofrimento lhe fez entender que a vida é uma incógnita e a morte é uma certeza inadiável.
Ao fim da puberdade deixou a casa de seus pais e foi morar com a tia “Já” em outro Estado do País. Levou consigo lembranças que jamais esqueceu, como: o primeiro amor de “Meu Bem” e das brincadeiras com seu maior amigo da época de escola na puberdade “Allan Toste” que mais tarde viera lhe acompanhar até o fim de seus dias.
Sua primeira “transa sexual” foi com sua prima Maira filha da tia “Já”, por decisão dela que disse: “Você foi escolhido para primar a fazer-me mulher de verdade”. Viu-se naquele momento sufocado pele desejo da nudez, seu desejo podia resistir a tudo menos a uma tentação.
Ao deixar a casa da tia “Já”, “O Caçador de Amor – fugitivo da ditadura” como ficou conhecido encontrou Jully Kannel a quem ele a batizou de Helena uma jovem antropóloga com quem viveu maritalmente por um bom tempo até ela ser perseguida pela ditadura daquele país e se vê obrigada a deixar o país e o seu amor também. Helena não se rendeu à tirania, nem se vendeu ao sistema, foi exilar-se na cidade de Paysandu, a segunda maior cidade do Uruguai, localizada no rio Uruguai, fronteira com Argentina a trezentos e trinta e cinco quilômetros de Montevidéu, onde tinha uma amiga também antropóloga; cidade que a acolheu e que ela chamava de Lar – doce – Lar.
Empós Jully Kannel, a Helena. “O Caçador de Amor” passou a viver “os sete lugares, as sete vidas, os sete amores e os sete fracassos” e por conviver maritalmente com Helena, também se vê perseguido pelos caçadores de subversivos da ditadura, passou a viver de fuga e silêncio, atravessou mares, ares, florestas fugindo da violenta perseguição, da tortura tortuosa, do silêncio barulhento da morte anunciada, com a vida e a liberdade ameaçada, família dilacerada, como se fosse um enorme vulcão de comoção, sem deixar o país. Separado de Helena, lar abandonado, esconderijos denunciados, e mais uma fuga desesperada em direção a lugar nenhum. Dentre tantas mudanças ao longo de sua jornada pessoas que encontrou por onde passou marcaram sua vida, momentos que levou a conhecer várias mulheres que amou assim como as deixou, sem uma explicação óbvia.
Sete lugares levam “O Caçador de Amor” a ter sete vidas. Uma viagem de autoconhecimento e mutação, uma aventura entre um disfarce e outro para driblar os agentes da tirania, conheceu lugares, amores, fracassos, mulheres precoce, madura, inteligente, ignorante, umas com possibilidade e outras com a impossibilidade de serem amadas. O mundo da época era uma grande selva onde a caça e o caçador eram animais da mesma espécie, e, na qualidade de caçador de amor, não amou todas as mulheres que desejou, muitas ficaram apenas em sonhos; amou todas que pode amar no momento certo, porém nunca se apaixonei; a paixão pegou-lhe duas vezes: Uma pela inocência da adolescência e outra pela conveniência do seu coração, e jamais as traí com o coração.
Contudo, nada daquilo, amores possíveis e impossíveis era suficiente, estava faltando algo, ele queria mais... E sabia que, um dia, ia encontrar o que procurava como “O Caçador de Amor”, só não podia era ficar ali de boca aberta, esperando os caçadores de subversivos chegarem.
Com o fim da ditadura ele retorna ao Estado em que morava com Jully Kannel, a Helena, vai morar na mesma casa com Shaara, mulher que a classificava como amor impossível. Ali residindo, eis que certo dia ao chegar a casa recebe a notícia de que alguém esteve lá à procura dele, não encontrando ficou de voltar em outra ocasião. Passado alguns dias, pela manhã estando ele e Shaara sentados a mesa para tomar o café da manhã eis que a campainha toca e Shaara vai atender... Volta à cozinha e diz que a pessoa que havia estado lá dias atrás a esperava sentada no divã da sala de estar... Ao chegar a sala a surpreendente surpresa, estava ali a sua frente, ao seu alcance o colosso amor de sua vida, o algo que lhe faltava, o mais que ele procurava Jully Kannel a sua eterna “Helena”.
Shaara entende e deixa o caminho livre para o amor passar, passear e se reencontrar. Vendo que encontrara o que procurava ou o que caçava, o caçador de amor ou fugitivo da ditadura escolhe viver ao lado de seu grande amor Jully Kannel, a sua Helena. Após a grande festa oferecida pelo Caçador de amor aos seus ex-amores, finalmente vem o casamento e nele se fez presente amigos de ambos como convidados. Assim ele se fez ex-caçador de amor – fugitivo da ditadura.
Depois de tanta felicidade junto a Helena é novamente surpreendido, agora não pela felicidade, mas pela a infelicidade, a perda do colosso e impávido amigo, a morte de Allan Toste. Nas memórias do “ex-caçador de amor”, existem suas lembranças, as de Allan, histórias de amores contadas pelo amigo. Entre o amor e o fracasso, ao fim de todo seu calvário pode perceber que havia passado pelos “Sete Montes”. Assim, ele encerra e vira a última página vivida como “O Caçador de Amor – Fugitivo da ditadura” e vai ser feliz para sempre ao lado do seu grande amor que nem a repressão exterminou. No final do livro consta um glossário que ajudará o leitor a compreender alguns termos.

COMENTÁRIOS DA OBRA:
Uma história fascinante por entre a guerra e a ditatura contada através de uma narrativa de fácil compreensão e envolvente. Trazendo o leitor para dentro das histórias que o Caçador de Amor vai narrando.
O autor Dory Magalhães traz fatos reais com personagens fictícios e narra sete trajetórias repletas de informações e utilizando do glossário no final do livro ajuda o leitor a compreender alguns termos.

PÚBLICO ALVO:
O livro dá ênfase tanto para o público adulto como ao público infanto-juvenil, através de sua narração histórica, mas de fácil compreensão.

ADEQUAÇÃO AO MERCADO:
Com alicerce em fatos reais, o autor apresenta a ditadura de um ponto de vista histórico e transporta seus personagem e leitor para uma viagem em meio a um mundo de guerra, amor e vidas.
O autor Dory Magalhães, amarra ambas as histórias de uma forma natural que conduz o leitor a conhecer á todos os lugares por onde o personagem passou e as emoções que ele sentiu.

PONTOS POSITIVOS:
• Não há dificuldades em acompanhar a trama, a leitura é tranquila.
• È interessante à forma como o autor amarra a histórias e vai conduzindo seu leitor através dos mesmos passos dos personagens, como se fossem um só.

PONTOS NEGATIVOS:
• Fazer uma leitura para corrigir espaços a mais entre algumas palavras ao longo da narração

COMENTÁRIOS DO PARECERISTA:
Uma obra real. O autor quebra a forma como muitas vezes o leitor viu a guerra e a ditadura, e passa lhe dar fatos e histórias intrigantes que o leva a viajar no tempo e aprimorar seus conhecimentos através dessa narrativa surpreendente.

Parecerista: Thais Riotto
E-mail: thaisriotto@hotmail.com

“O CAÇADOR DE AMOR – Fugitivo da ditadura”, se encontra Registrado na Fundação Biblioteca Nacional sob o número: 47-01803-V03, contendo 222 páginas no formato 16.0 X 23.0. Onde relata as memórias de um homem que viveu sete vidas em sete lugares teve sete amores e sete fracassos durante o período da ditadura num país qualquer sem dever nada aos repressores da tirania. Época em que o país fechava a porta do passado para o seu povo viver um presente sem futuro, sem esperança, frustrando por um longo período um povo que sonhava em construir uma nação dos sonhos. O livro contém histórias de amor e ódio, vingança e traição, sedução e adultério, onde todos traiam e eram traídos.

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