terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"AS MULHERES NO PODER" - "QUE PAÍS É ESSE!"

Desde o início de janeiro de 2011, estou compilando matérias e escrevendo um novo livro com o título provisório: “AS MULHERES NO PODER”, com o final previsto para o final de junho deste ano. O livro deve conter mais de duzentas páginas no formato 16.0 X 23.0 – Uma palhinha do que venha ser as histórias de ficção embasadas em fatos reais. Histórias de um País muito longe daqui, mas que tudo de lá se parece com o de cá. O Povo, a Religião, a Política, a Polícia, o Bandido, a Corrupção, os Costumes...

A formação da mulher e sua evolução:

Antes de entrar no mérito da questão “Mulheres no Poder”, devemos fazer uma reflexão deste pequeno relato abaixo, comparativo entre o princípio meio e fim da evolução do sexo feminino desde sua formação, passando pela educação, trabalho, chefe-de-família e conscientização política, numa sociedade de outrora machista.

Disse o SERNHOR: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea... Então o SENHOE Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma de suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lhe trouxe... Tendo o homem dado nomes a todos os seres viventes que o SENHOR Deus fizera. Deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos. – (Gênesis).
Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. (Gênesis 1,27).
E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. (Gênesis 2,22).
“Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” (Gênesis 2,23).
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne. (Gênesis 2,24).
O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam. (Gênesis 2,25).
A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?” (Gênesis 3,1).
A mulher respondeu-lhe: Podemos comer do fruto das árvores do jardim. (Gênesis 3,2).
A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente. (Gênesis 3,6).
E eis que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde. O homem e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus, no meio das árvores do jardim. (Gênesis 3,8).
O homem respondeu: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.” (Gênesis 3,12).
O Senhor Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me,– respondeu ela – e eu comi.” (Gênesis 3,13).
Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3,15).
A princípio no início do mundo em alguns países a mulher não tinha poderes ou eles eram limitados, dedicada a família, não opinava na religião, na política, nos negócios ou como cabeça da família, na verdade não abria a boca para opinar em nada. Hoje perto do fim do mundo ela tem todos os poderes e não fecham a boca antes de opinarem em tudo.
É difícil falar e/ou escrever qualquer coisa sem falar em Fé, Deus, Cristo, Céu, Terra, Ar e Mar. Assim como em alguns países até pouco tempo a mulher não podia ou não pode exercer determinadas funções.
No que diz respeito à mulher e a religião. É fato que a Igreja Católica Romana e Religião Protestante ao longo do tempo vêm se esforçando face à igualdade da mulher e no seu aumento de poder dentro dela. Na grande maioria das religiões a mulher é vista como um ser inferior ou capaz de transformar a vida do homem e desviá-lo dos caminhos que o levam a um estado de superioridade religiosa. Senão vejamos, com um pequeno exemplo desta ideia, este pequeno trecho do Alcorão, livro sagrado dos mulçumanos, escrito por Maomé e atribuído pelo profeta ao próprio Deus, faz as seguintes referências à condição feminina: “Daí aos varões o dobro do que daí às mulheres” – Capítulo IV. Versículo 11. “Os homens são superiores às mulheres, porque Deus lhes outorgou a primazia sobre elas. Os maridos que sofrerem desobediência de suas esposas podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas” – Capítulo IV. Versículo 38. “Não se legou ao homem calamidade alguma maior do que a mulher” – Capítulo XXIV. Versículo 59.
Também na Bíblia Sagrada existem trechos onde se é possível se verificar uma possível inferioridade da mulher com relação ao homem. Senão vejamos: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor: Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” – (Efésios 5: 22-24).
“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor” – (Colossenses 3: 18)
“A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão. Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio. Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva. E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão - (1 Timóteo 2.11-14).
No ano de 1280 a.C., as Leis de Manu, livro sagrado da Índia para instituições civis e religiosas dizia: “Está na natureza do sexo feminino tentar corromper os homens na Terra, e por esta razão os sábios jamais se abandonam às seduções das mulheres” – livro II. Regra nº 213. “Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai; durante a juventude, de seu marido; se este morrer, de seus filhos; se não tiver filhos, dos parentes mais próximos do marido e, na sua falta, dos de seu pai; se não tiver parentes paternos, do seu soberano; uma mulher não deverá nunca governar-se a seu bel-prazer” – Livro V. Regra n 148. “Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo que este se dê a outros amores e careça de boas qualidades, deve a mulher virtuosa reverenciá-lo como a um Deus” – Regra nº 154. “Uma mulher virtuosa que deseje para si a mesma morada de felicidade de seu marido, não deve fazer nada que possa desagradá-lo, durante a sua vida ou após a sua morte” – Regra nº 156. “Acima de tudo, deve-se resguardar as mulheres das más inclinações, por pequenas que sejam; se as mulheres não fossem vigiadas, fariam a desgraça de duas famílias” – Livro IX. Regra 5.
“Não há na Terra outro Deus para a mulher do que seu marido. A melhor das obras que ela pode fazer é guardá-lo: esta deve ser sua única devoção. Quando morrer deve também morrer”.
O reformador da religião persa, Zaratustra, dizia que a mulher “deve adorar ao homem como à divindade. Nove vezes pela manhã, de pé ante o marido, com os braços cruzados, deve perguntar-lhe: Que desejais, meu senhor, que faças?” O teólogo alemão Martinho Lutero, responsável pela Reforma Protestante, dizia que: “Não há manto nem saia que pior assente à mulher ou donzela que o querer ser sábia”. Também Henrique VIII, rei da Inglaterra e Chefe da Igreja Anglicana, criada por ele mesmo por desejar separar-se de Catarina de Aragão e desposar Ana Bolena, com o que o Papa não concordava, assim criava seu Estatuto: “As mulheres casadas, as crianças, os idiotas e os lunáticos não podem legar suas propriedades”.
O escritor cristão Quinto Septímio Florente Tertuliano assim pensava sobre as mulheres: “Mulher, deverias andar vestida de luto e farrapos, apresentando-te como uma penitente, mergulhada em lágrimas, redimindo assim a falta de ter perdido ao gênero humano. Mulher, tu és a porta do inferno, foste tu que rompeste os selos da árvore proibida, tu a primeira a violar a lei divina, a corromper aquele a quem o diabo não ousava atacar de frente; tu foste a causa da morte de Jesus Cristo”.
De uma forma geral as religiões colocam a mulher em situação de submissão, mas para não estender por demasia o presente relato, a análise está limitada às questões relativas à moral judaico-cristã, com base ainda nos mitos babilônicos. Desde os Mandamentos, onde consta que não se deve “desejar a mulher do próximo” e não o homem da próxima, a Bíblia esta carregada de conceitos e “pré-conceitos” sobre as mulheres. Seguem alguns exemplos, que poderiam ser mais numerosos, para ilustrar o que está sendo dito: “Os esposos, Santidade do lar. As mulheres sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor”.
Contudo podemos concluir que a imagem da mulher nas religiões, seja de forma positiva ou negativa, é de suma importância e influência. Assim como em nossa vida cotidiana. A mulher que nos gerou, cuidou e educou. A mulher que hoje nos acompanha na dura caminhada da vida. Ou mesmo aquelas que figuram em nossas vidas como simples amigas. Na religião ou fora dela, a importância da mulher não deve jamais ser subjugada. São elas que nos trazem ao mundo, sejamos homens ou mulheres. São elas que, religiosamente ou não, dividem conosco nossa morada. Estamos por aqui apenas de passagem, e fazemos, todos, parte desta mesma empreitada. Os valores cultivados na família romana levaram à valorização da mulher que a despeito de obedecer ao marido, era vista como um alicerce fundamental e o trabalho doméstico como uma virtude. Mais tarde, no século I a.C., a flexibilização das leis garantiu maior liberdade à mulher e maior participação na vida pública.
Durante a Idade Média as mulheres tinham acesso a grande parte das profissões, assim como o direito à propriedade. Também era comum assumirem a chefia da família quando se tornavam viúvas. Há também registros de mulheres que estudaram nas universidades da época, porém em número muito inferior aos homens. Mulheres como Hilda de Whitby, que no século VII fundou sete mosteiros e conventos; a religiosa alemã Rossvita de Gandersheeim, autora de dezenas de peças de teatro; Ana Comnena fundou em 1083 uma escola de medicina onde lecionou por vários anos; a rainha Leonor, Duquesa da Aquitânia, exerceu relevante papel político na Inglaterra e fundou instituições religiosas e educadoras. No mundo Islâmico, entre os séculos VIII e IX conhecem a glória: religiosas, eruditas, teólogas, poetisas e juristas, rainhas. A mulher medieval trabalhou e estudou, fundou conventos e mosteiros, lecionou e também governou. Recebeu uma educação moral e prática, e, na nobreza e burguesia, intelectual, que lhe permitiram desempenhar um papel social de colaboradora do marido, seja na agricultura, no comércio ou na administração de um feudo. Um governo que se estendeu do âmbito privado ao público: quando morria o marido era ela quem assumia a administração do negócio. Como governantes Branca de Castela, Anne de Beaujeu, Matilde II de Bolonha, que reina na Toscana e na Emília durante meio século, institui-se protetora da Santa Sé e combate Henrique IV obrigando-o a ajoelhar-se diante de Gregório VII. Em todos os grandes feudos, num momento ou outro, as mulheres reinaram: entre 1160 a 1261 sete mulheres se sucederam no condado de Boulogne. Ícone medieval, Joana D’Arc, jovem chefe guerreira, conquista oito cidades em três meses e apesar de ferida continua a combater.
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Desde a formação da mulher e sua evolução citado no texto acima, resumo sobre o esforço extraído de várias fontes de pesquisa. Serve para mostrar que esse conceito de evolução não fora interrompido em momento algum do segmento histórico, ou seja, desde que o mundo é mundo. Embora em alguns países ainda haja resistência nesse sentido. Mas um dia, hão de se democratizarem e caírem na real, entendendo que a hipocrisia é arma letal dos incompetentes, coisa de um passado entre idiotas e lunáticos.
Mas foi a partir do século XX que elas invadiram o poder, tornando-se fortes e poderosas. Começando pelo REINO UNIDO com “Margaret Thatcher”. ALEMANHA com a primeira ministra “Ângela Merkel”, chegando a ser considerada a mulher mais poderosa do mundo. LIBÉRIA com Ellen Johnson Sirleaf. CHILE com Michelle Bachelet, presa pela ditadura de Pinochet. ÍNDIA com Pratibha Patil. ARGENTINA com Cristina Kirchner, primeira mulher eleita pelo voto direto. AUSTRÁLIA com a primeira ministra Julia Gillard. BRASIL com Dilma Rousseff, presa pela ditadura e a primeira mulher eleita pelo voto direto no país.

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